sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Dei adeus

Perco tudo menos a razão
Inexatos contatos
Rabiscos de ofícios
Quem usa o lápis
Nunca sente solidão
Meu poema teu desenho
Teu retrato meu espelho
Longa espera, madrugada
Vida insana, obra desvairada
Um dardo, uma flecha
Meu timbre, minha audácia
Deixei a mão, dei adeus
Ideologia de falácia
Busquei somente a paz
Pisei em solo real
Vida eterna
Briga entre o bem e o mal
Não olhei pra trás
Ignorei o retrovisor
Eu tinha o controle
Só eu mesma, não tenho mais.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Meu oráculo

Passos de bebê
Levam pra frente devagar
Cada dia de uma vez
O importante é não parar

O mundo inteiro está à frente
O céu pode esperar
Se tiver os pés no chão
Pode voltar a sonhar

O peso da vida dói o corpo
Mochila pesada da alma
Um dia o amor virá
Apenas tenha calma

Esqueça o que passou
Lembre com carinho
Quem já foi
Pra frente é o caminho

Batalhe pelo que quer
Sem esquecer que apenas
O que construir
É o que verdadeiramente vai ter

Calma nos anseios
Força nas pequenas batalhas
A justiça tarda
Mas nunca falha

Cante sempre que puder
A vida pode ser boa
Para todos que sabem viver

Nem direita nem esquerda
Nem água nem fogo
O meio escolha com alegria
O caminho da sabedoria

Não discuta com tolos
Ame quem te ama
Cada um tem sua vida
Que seja bem vivida

A alma deve ser livre
O corpo regrado
Não misture fantasias
Com Deus que é sagrado

Respeite cada vivente
E a vida de cada qual
Fora da tua casa
Cada um com sua moral

Que você possa mandar
No dinheiro que conquistar
E que o dinheiro que ganhar
Não te faça escravizar

Pouco precisamos realmente
Algo pra comer e beber
Roupa limpa pra vestir
E um teto pra dormir

Esqueça toda vaidade
Daqui nada vai levar
Nem bens materiais
Nem as contendas que possa ganhar


Desirée Veloso
Desiveloso.blogspot.com.br