Eu nunca gostei de loiros, e naquele instante lembrei de uma grande amiga que dizia que tudo na vida dela estava bem...até aparecer um loiro...daí bagunçava tudo e levava uma vida pra arrumar! Conheci ele no primeiro ano da faculdade, numa festa de um cursinho pré vestibular... na época eu não sabia, mas ele era um dos sócios do cursinho. Parecia que algo me puxava pra ele... foi mágico... respirei fundo e fui falar com ele, simples assim!
Eu estava numa fase que só aparecia homem casado na minha vida, então já imaginando evitar problemas futuros cheguei nele e disse na lata: "você é casado?" Nem "oi" eu disse! Ele me olhou de um jeito que nunca vou esquecer, pois os olhos azuis dele ficaram arregalados, mas só me respondeu "Não"
Não perguntou porque fiz aquela pergunta e a gente ficou ali, parado se olhando....então eu disse "ainda bem"...
e ele me deu um sorriso maravilhoso....O mais legal é que nenhum dos dois ficou sem graça... simplesmente rolou a tal da química....seria
muito fácil a gente namorar né? Eu perguntei se ele era casado e a
resposta foi não.... mas esqueci de perguntar o resto dos compromissos...
ele tinha uma noiva.
Ele não ser casado já era um alívio, e a atração que existia entre nós era tão grande, que era impossível existir longe dele. Ficávamos horas escutando música, falando de livros, e virávamos a madrugada....tudo parecia conspirar para que ficássemos perto. Ah, só que do nada, eu lembrava que existia "a noiva", eu pensava nela como o próprio demônio. Era por causa dela que o meu ódio se tornava maior que o meu amor, e então já havia uma briga enorme. Eu queria ele tão perto de mim que o afastava sem perceber.
A gente ia ficando e eu me emputecia porque queria algo sério com ele... mas eu não falava.... aí a gente brigava por qualquer besteira....a gente sumia... sei lá dias, semanas...quem não aguentava, ligava pro outro como se nada tivesse acontecido.... quando ele me ligava, eu só largava ironia e patada.... ele se esquivava, eu não conseguia ficar brava com ele e a gente voltava a se relacionar... tipo assim.... e hoje? Que você vai fazer? Eu dizia, nada.... e ele dizia, passo lá... e eu ok... e eu ficava esperando... e ele vinha e começava tudo de novo como se não tivesse parado.... com ele vinham minhas paranoias com a noiva e eu me irritava de novo... e assim ia...sempre a mesma história, a mesma briga, o mesmo recomeço. Quando eu achava que não ia ter volta, ficava com outro, fingia que não estava sofrendo. E deixava ele saber, e até ver que eu também não estaria disposta a ser a "outra" pra sempre. Que a minha vida também caminhava sem ele.
Numa dessas brigas, sem a gente se falar por um longo tempo, precisei me mudar. Escolhi o apê a toque de caixa, e quando fui assinar os papéis vi que a proprietária tinha o sobrenome dele... mesmo com a gente brigado, liguei na maior cara de pau e perguntei quem era a dita cuja.... ele disse: minha tia, porque? Comecei a rir e disse: Vou ser sua vizinha!!!!! Ele não acreditava... foi uma das poucas vezes que deixei ele sem palavras....e começava nossa ladainha de novo! Agora era mais fácil, pois ele saía de manhãzinha, me cobria e só atravessava a rua...e daí a gente brigava....
Se eu pudesse voltar no tempo e contar para mim mesma tudo o que sei agora, tinha jogado tudo para o alto pra ficar com ele... se eu imaginasse o quanto ele me amava, o quanto eu era importante para ele,
Ele não ser casado já era um alívio, e a atração que existia entre nós era tão grande, que era impossível existir longe dele. Ficávamos horas escutando música, falando de livros, e virávamos a madrugada....tudo parecia conspirar para que ficássemos perto. Ah, só que do nada, eu lembrava que existia "a noiva", eu pensava nela como o próprio demônio. Era por causa dela que o meu ódio se tornava maior que o meu amor, e então já havia uma briga enorme. Eu queria ele tão perto de mim que o afastava sem perceber.
A gente ia ficando e eu me emputecia porque queria algo sério com ele... mas eu não falava.... aí a gente brigava por qualquer besteira....a gente sumia... sei lá dias, semanas...quem não aguentava, ligava pro outro como se nada tivesse acontecido.... quando ele me ligava, eu só largava ironia e patada.... ele se esquivava, eu não conseguia ficar brava com ele e a gente voltava a se relacionar... tipo assim.... e hoje? Que você vai fazer? Eu dizia, nada.... e ele dizia, passo lá... e eu ok... e eu ficava esperando... e ele vinha e começava tudo de novo como se não tivesse parado.... com ele vinham minhas paranoias com a noiva e eu me irritava de novo... e assim ia...sempre a mesma história, a mesma briga, o mesmo recomeço. Quando eu achava que não ia ter volta, ficava com outro, fingia que não estava sofrendo. E deixava ele saber, e até ver que eu também não estaria disposta a ser a "outra" pra sempre. Que a minha vida também caminhava sem ele.
Numa dessas brigas, sem a gente se falar por um longo tempo, precisei me mudar. Escolhi o apê a toque de caixa, e quando fui assinar os papéis vi que a proprietária tinha o sobrenome dele... mesmo com a gente brigado, liguei na maior cara de pau e perguntei quem era a dita cuja.... ele disse: minha tia, porque? Comecei a rir e disse: Vou ser sua vizinha!!!!! Ele não acreditava... foi uma das poucas vezes que deixei ele sem palavras....e começava nossa ladainha de novo! Agora era mais fácil, pois ele saía de manhãzinha, me cobria e só atravessava a rua...e daí a gente brigava....
mas nenhum de nós dois verbalizava isso...era estranho...muita coisa não se disse...na verdade, eu mesma só fui falar o que sentia e ouvir todo o amor que ele havia escondido, três dias antes dele morrer. Eu
disse algumas coisas pra ele que ele nem imaginava que eu pensava daquele jeito....Não sei porque o destino, Deus, o acaso, nos pregou essa peça. Foram dez, quinze, mais anos, com um amor lacrado dentro do peito...então deixamos todas as besteiras de lado. A gente se amava e teríamos a vida toda pela frente. Ele era o meu grande amor. Eu era o grande amor da vida dele. Pronto. E já nem existia mais noiva, os dois estávamos solteiros, livres...Prontos pra nos encontrar. E daí ele infartou. Um homem forte, saudável, com uma vida tranquila e prestes a me encontrar...De todas as maldades da vida, por esta eu jamais poderia esperar. Na verdade, acho que ainda não acredito...
" É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há." Legião Urbana
disse algumas coisas pra ele que ele nem imaginava que eu pensava daquele jeito....Não sei porque o destino, Deus, o acaso, nos pregou essa peça. Foram dez, quinze, mais anos, com um amor lacrado dentro do peito...então deixamos todas as besteiras de lado. A gente se amava e teríamos a vida toda pela frente. Ele era o meu grande amor. Eu era o grande amor da vida dele. Pronto. E já nem existia mais noiva, os dois estávamos solteiros, livres...Prontos pra nos encontrar. E daí ele infartou. Um homem forte, saudável, com uma vida tranquila e prestes a me encontrar...De todas as maldades da vida, por esta eu jamais poderia esperar. Na verdade, acho que ainda não acredito...
" É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há." Legião Urbana
http://www.vagalume.com.br/enya/caribbean-blue-traducao.html
http://www.vagalume.com.br/ana-carolina/quem-de-nos-dois.html
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* História em memória de Fabiano Varassin e dedicada a minha grande amiga/irmã.