Já
fugi de alguns lugares, pessoas e situações, mas nunca consegui fugir
de mim. Posso já ter me ausentado, ter dito ei-volta-amanhã, ter
trancado a porta, ter esquecido a chave do lado de dentro, ter deixado
as luzes apagadas, ter perdido a hora, ter desligado o despertador, ter
esquecido de esquecer, ter fingido um sono profundo ou uma preguiça
boba, mas nunca soube fazer as malas e ir embora da minha alma.
Ninguém vai resolver a minha vida, pagar as minhas contas, me colocar no
colo e dizer não-te-preocupa-que-vai-passar, me servir um chá com
biscoitos, deixar a casa em ordem e a mente equilibrada. Se eu não
arregaçar as mangas, der um suspiro fundo e andar para a frente a minha
vida vai ficar empacada. Até o fim do mundo.
Não vou negar que por
alguns momentos fiquei vendo momentos da minha vida passarem pela
janela. E eu ficava ali, observando, atônita, paralisada, sem coragem de
agarrar as oportunidades com determinação. Mas uma hora alguma coisa me
chacoalhou por dentro, me balançou, me fez abrir os olhos e entender
que tudo é passageiro. Hoje eu sou uma e amanhã posso ser outra. A gente
vai aprendendo com o tempo, os dias, as marés. E esse aprendizado vira
marca, vira tatuagem, vira história de vida.
Nunca quis que me
vissem como a pobre garotinha indefesa. Tenho muita força, garra,
vontade. Muitas vezes me perco no meio dessa teia de pensamentos,
sonhos, anseios. De vez em quando não sei o que fazer pra sossegar o
coração, aquietar a alma, tranquilizar a mente, que tanto me
desassossega. Então pareço perdida num labirinto interno e secreto,
tentando desesperadamente achar a saída mais próxima e me desfazer do
que atormenta e aflige.
Carrego no peito todos os sorrisos e
lágrimas que já distribuí. Levo na alma todos que me são fundamentais.
Trago comigo as boas lembranças e algumas marcas e cicatrizes que não se
desfazem com o passar do tempo. Sei que um dia tudo vai ficar mais
claro, mais tranquilo, mais cheio de harmonia. E torço para que todas as
pessoas consigam perceber que não importa o que elas façam ou da onde
elas venham, no fundo somos todos iguais. Querendo ou não.
Não vou negar que por alguns momentos fiquei vendo momentos da minha vida passarem pela janela. E eu ficava ali, observando, atônita, paralisada, sem coragem de agarrar as oportunidades com determinação. Mas uma hora alguma coisa me chacoalhou por dentro, me balançou, me fez abrir os olhos e entender que tudo é passageiro. Hoje eu sou uma e amanhã posso ser outra. A gente vai aprendendo com o tempo, os dias, as marés. E esse aprendizado vira marca, vira tatuagem, vira história de vida.
Nunca quis que me vissem como a pobre garotinha indefesa. Tenho muita força, garra, vontade. Muitas vezes me perco no meio dessa teia de pensamentos, sonhos, anseios. De vez em quando não sei o que fazer pra sossegar o coração, aquietar a alma, tranquilizar a mente, que tanto me desassossega. Então pareço perdida num labirinto interno e secreto, tentando desesperadamente achar a saída mais próxima e me desfazer do que atormenta e aflige.
Carrego no peito todos os sorrisos e lágrimas que já distribuí. Levo na alma todos que me são fundamentais. Trago comigo as boas lembranças e algumas marcas e cicatrizes que não se desfazem com o passar do tempo. Sei que um dia tudo vai ficar mais claro, mais tranquilo, mais cheio de harmonia. E torço para que todas as pessoas consigam perceber que não importa o que elas façam ou da onde elas venham, no fundo somos todos iguais. Querendo ou não.
Não parece a explicação perfeita do Mote, de Luís Vaz de Camões?
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